Quando eu morei com minha avó materna,
domingo era um dia sagrado e deveria ir à missa.
Era na igrejinha há duas quadras da casa dela.
dez horas de domingo começava a missa.
Era um sacrificio que fazia para não ser torturado
psicologicamente por ela e também minha tia.
Minha avó era uma católica fervorosa e
minha tia uma carola que bordava o manto
da imagem de Nossa Senhora.
Aí de mim se não fosse a missa!!!!
Então aos domingos ás dez horas,
deveria estar vestido com a "roupa de domingo"
sentado, pronto para assistir á missa
celebrada pelo frei Cirilo Valverde,
que também foi meu professor de História no ginásio.
Na capelinha os homens geralmente sentavam
na fileira da direita e as mulheres na fileira da esquerda.
Se assistir a missa era um tormento,
quando o frei dizia " vão em paz que o senhor vos acompanhe.
Bom domigo à todos" provocava um alívio que tinha que disfarçar
Foram dois anos em que tive que seguir o catecismo á risca,
sob pena de ir para o inferno
O tempo passou e a missa ficou cada vez mais distante
Agora os tempos são outros e prefiro outro culto:
no Jardim Botânico apreciar a Natureza nos domingos pela manhã
O que é sagrado na tua vida?
Aquele abraço
Irajá Heckmann
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